domingo, 14 de dezembro de 2014

O regime comunista matou mais de 100 milhões de pessoas no mundo

Para documentar a história sangrenta do comunismo, com o objetivo de honrar as mais de 100 milhões de vítimas dessa tirania e educar as gerações futuras sobre o passado, foi desenvolvido o website Global Museum on Communism (Museu Global do Comunismo, em inglês, disponível no endereço globalmuseumoncommunism.org).

Na página, que é um portal de pesquisa e documentação histórica bastante respeitável, é possível encontrar seções como o "Hall da Infâmia", onde estão as biografias de grandes líderes comunistas como Lenin, Stálin, Mao Tse-Tung (Mao Zedong), Ho Chi Minh, Pol Pot, Fidel Castro, - todos ditadores sanguinários e conhecidos pelo terror imposto aos povos das nações que governaram.

Soldados marcham em desfile na China pelos 60 anos do regime comunista naquele país
Encontramos também as histórias de bravos homens e mulheres que sofreram como prisioneiros políticos em nações de regimes comunistas, por ousarem levantar a bandeira da liberdade.

De acordo com os cálculos de diversas organizações, o número de mortos pelos regimes comunistas em todo o mundo, até hoje, chega a mais de 100 milhões(!). A China lidera o ranking, com o número de mortes estimado em 65 milhões de pessoas. Em seguida, aparecem a União Soviética, com 20 milhões; o Camboja, com 2 milhões; a Coreia do Norte, com 2 milhões; países africanos, que somam 1,7 milhão; o Afeganistão, com 1,5 milhão; países comunistas do leste europeu, com 1 milhão; Vietnã, com 1 milhão; a nossa América Latina, com 150 mil, entre outros.

Os recursos gráficos do site incluem ainda a seção "Linha do Tempo", que narra ano a ano os fatos que marcaram a história do comunismo, com vídeos e textos, além de galerias de imagens. O "Registro de Vítimas" permite que usuários de todo o mundo enviem seus relatos sobre a relação que tiveram com o comunismo. Há também artigos especiais com temas como "Economias pós-Comunismo", "A Guerra na Religão", "A Perseguição Chinesa aos Uigures", entre outros.

"Nosso museu serve como símbolo de esperança e lugar necessário para lembrança, nestes tempos em que muitos estão esquecendo o alto preço que o comunismo cobra, como a detenção da população e do resto do mundo livre. Educando sobre os horrores do passado e apontando os perigos atuais, o Museu Global do Comunismo assegura que 'nunca novamente' as nações e pessoas permitirão que uma tirania aterrorize o mundo", declara o site.

Informar-se - Um livro editado recentemente (2009) na França e já publicado no Brasil é referência para quem pretende ampliar seus conhecimentos sobre o assunto. O primeiro é O Livro Negro do Comunismo [(clique aqui para fazer download, já que o livro não é mais vendido no Brasil) tradução de Caio Meira; Bertrand Brasil; 917 páginas]. A obra, que reúne artigos assinados por diversos autores, é um retrato monumental das atrocidades cometidas pelo totalitarismo de esquerda através da História.

O projeto de construir sociedades igualitárias por meio da mão forte do Estado custou nada menos que 100 milhões de vidas. A maior parte, naturalmente, ceifada nos dois gigantes socialistas: União Soviética e China.

Importante especificar que o Livro Negro do Comunismo atém-se a fatos incontestáveis, dispensando acusações infundadas e/ou afirmaçoes puramente ideológicas. Os crimes do stalinismo, por exemplo, são conhecidos desde 1956, quando o então premiê soviético, Nikita Kruchev, os denunciou por ocasião do 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética. Era para ser um dossiê secreto, não fosse o correspondente capitalista do jornal The New York Times, que divulgou a terrível informação. Nunca, porém, as monstruosidades de Stalin foram descritas com tanta riqueza de detalhes.

Lançado na França, o livro chamou a atenção e foi um grande sucesso. Não tanto pelos artigos que enfeixa, mas pela introdução assinada por seu organizador, o historiador Stéphane Courtois, um ex-maoísta convertido em crítico antagonista da ideologia marxista. Courtois defende a tese de que o comunismo é irmão gêmeo do nazismo, já que ambos utilizaram o genocídio como estratégia de reorganização social. "Os mecanismos de segregação e de exclusão do totalitarismo de classe se parecem muito com aqueles do totalitarismo de raça", escreve ele.

A tese de Courtois pode soar forte, mas encontra eco em alguns dos maiores pensadores do nosso século, como a filósofa alemã Hannah Arendt, profunda conhecedora da história e da ideologia nazista. Ela observou que, de fato, os princípios do comunismo e do nazismo têm muito em comum. Ambos dividem o mesmo credo num partido único, que deve controlar de forma absoluta o aparato estatal. Além disso, amparam-se em ideologias incontestáveis, recorrem à polícia política e à repressão implacável dos dissidentes.

A principal diferença entre o terror nazista e o comunista é que o último se prolongou por muito mais tempo e, portanto, colecionou mais vítimas. A partir de 1917, quando os bolcheviques tomaram o poder na Rússia, até 1953, quando Stalin morreu, os expurgos, a fome, as deportações em massa e o trabalho forçado nos gulags (campos de concentração de presos políticos) mataram 20 milhões de pessoas na União Soviética(!). Só a grande fome de 1921-1922, causada em boa parte pelo confisco de alimentos dos camponeses, acabou com mais de 5 milhões de cidadãos(!). Na virada dos anos 1920 para os 1930, a coletivização forçada do campo representou uma declaração de guerra do Estado soviético contra os pequenos e médios produtores rurais. A etapa final desse processo foi outra terrível fome, entre 1932 e 1933, que ceifou mais 6 milhões de vidas(!).

Em outros países que adotaram o regime marxista, os números da matança são igualmente eloquentes. A fome causada pelo projeto chamado "grande salto para a frente", implantado por Mao Tsé-Tung em meados dos anos 50, deixou um saldo espantoso de 65 milhões de mortos(!). Em termos proporcionais, o maior genocídio comunista foi no Camboja. O Khmer Vermelho, com sua obstinação em transferir a população das cidades para o campo, matou de inanição e cansaço nada menos do que 25% dos habitantes do país entre 1975 e 1979(!).

Os adeptos do marxismo/comunismo sempre se esquecem de que, no comunismo, o totalitarismo é regra. Jamais se ouviu falar de um país socialista com representantes eleitos pelo voto, liberdade de imprensa e de associação. Já o regime político que melhor se coaduna com a livre iniciativa e a propriedade privada é o da democracia liberal. Sobre esta última, talvez a melhor definição seja a do ex-primeiro-ministro inglês Winston Churchill. Em 1947, ele disse: "A democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que já foram experimentadas".